Aforismos 5 [Política]
"A política é a única profissão para a qual se considera desnecessária qualquer preparação." Robert Louis Stevenson
[um artigo muito interessante de Jaime Nogueira Pinto no Expresso de ontem descreve quanta preparação involve o projecto de um aspirante a «primeiro» nos dias que correm. Citando:
Perante comentários «apocalípticos» sobre tal decadência da política e dos políticos, tentemos começar pelas razões: a questão é, o que é preciso hoje para ser primeiro-ministro de Portugal? Ser líder do PSD ou do PS! E para ser líder do PSD ou do PS? Fora a hipótese do «legado», é preciso ganhar os respectivos congressos. E para ganhar os congressos? É preciso cortejar os delegados ou militantes, agarrá-los, conquistá-los. E para tal o que se faz? Faz-se, conforme o nível considerado, o acompanhamento daquelas 80 ou 800 pessoas que formam o «aparelho»! (Ou garantem o voto «certo» dos militantes, na nova versão do PS). E para garantir tal lealdade e apoio dos «aparatchiques», o que é preciso? É preciso dar-lhes atenção, ir visitá-los à «terras», empregar-lhes os amigos e os parentes, apoiá-los em Lisboa, ou onde seja; e ter a agenda e contabilidade destes favores...
Como questiona depois o articulista, será que no actual sistema em que prevalecem a imagem e a «capacidade mediática» poderemos ter pessoas capazes a comandar o país? No Portugal de hoje, ocorre-me dizer que um certo período de «trial and error» possa ajudar a esclarecer como por detrás dum político que vive sobretudo preocupado com a forma e não com o conteúdo se esconde geralmente uma tremenda incapacidade. A tal «incompetência» que referiu Belmiro de Azevedo. Deste ponto de vista, não há dúvida que a decisão do Presidente de nos proporcionar um período de "namoro" em vez de propor logo um "enlace" tenha sido sensata. Agora, só mesmo os muito apaixonados quererão seguir para o casamento. Ou os (pseudo) profissionais de comunicação social que vivem despudoradamente amantizados com quem está no poder.]
[um artigo muito interessante de Jaime Nogueira Pinto no Expresso de ontem descreve quanta preparação involve o projecto de um aspirante a «primeiro» nos dias que correm. Citando:
Perante comentários «apocalípticos» sobre tal decadência da política e dos políticos, tentemos começar pelas razões: a questão é, o que é preciso hoje para ser primeiro-ministro de Portugal? Ser líder do PSD ou do PS! E para ser líder do PSD ou do PS? Fora a hipótese do «legado», é preciso ganhar os respectivos congressos. E para ganhar os congressos? É preciso cortejar os delegados ou militantes, agarrá-los, conquistá-los. E para tal o que se faz? Faz-se, conforme o nível considerado, o acompanhamento daquelas 80 ou 800 pessoas que formam o «aparelho»! (Ou garantem o voto «certo» dos militantes, na nova versão do PS). E para garantir tal lealdade e apoio dos «aparatchiques», o que é preciso? É preciso dar-lhes atenção, ir visitá-los à «terras», empregar-lhes os amigos e os parentes, apoiá-los em Lisboa, ou onde seja; e ter a agenda e contabilidade destes favores...
Como questiona depois o articulista, será que no actual sistema em que prevalecem a imagem e a «capacidade mediática» poderemos ter pessoas capazes a comandar o país? No Portugal de hoje, ocorre-me dizer que um certo período de «trial and error» possa ajudar a esclarecer como por detrás dum político que vive sobretudo preocupado com a forma e não com o conteúdo se esconde geralmente uma tremenda incapacidade. A tal «incompetência» que referiu Belmiro de Azevedo. Deste ponto de vista, não há dúvida que a decisão do Presidente de nos proporcionar um período de "namoro" em vez de propor logo um "enlace" tenha sido sensata. Agora, só mesmo os muito apaixonados quererão seguir para o casamento. Ou os (pseudo) profissionais de comunicação social que vivem despudoradamente amantizados com quem está no poder.]
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