aforismos e afins

14 setembro 2005

Racismo(s)

«Quando se culpa apenas a Administração Bush de tudo, e os brancos de tudo, de todo o racismo, deixa-se de lado o racismo de negros contra negros, o fosso entre ricos e pobres da mesma cor. Existe, e são poucos os que o saltam. Na América, como em África, quem menos ajuda os negros são os negros

6 Comments:

  • na mouche

    By Blogger AA, at 12:37 da manhã  

  • tb a propósito:

    "From what I can tell in the last couple days’ reading, Katrina has chiefly served to confirm people in their previously held views. Liberals proclaim it proof of the need for a robust federal government (shades of Bill Moyers in September 2001), conservatives find themselves confirmed in their belief in the overriding importance of social order vigorously enforced, and libertarians regard the disaster and its aftermath as an exemplary failure of government. (Anarchists see government failing at even its core functions. State-accepting libertarians see government as having ignored its core functions for inappropriate pursuits.) Environmentalists amaze themselves with the realization that Katrina proves we need cars with better gas mileage and religious nuts of all persuasions discern the hand of God smiting their - and, need it be said, his own - enemies.

    Hooray! Everyone wins! Again!"

    daqui

    By Blogger jmnk, at 2:25 da tarde  

  • Desculpem discordar, mas esse argumento está equivocado. Dizer que os negros são se ajudam é um reducionismo exagerado.
    É muito simplista reduzir a questão racial ao nível individual, como se tudo não passasse de algo meramente ético ou moral; quando, na verdade, o problema é político e social.
    www.sabiosdesiao.blogspot.com

    By Blogger sabios de siao, at 10:24 da tarde  

  • Não há nada que seja político e que não seja ético/moral.

    Ninguém disse aqui que "todos" os negros são racistas. E muito menos que "todos" os brancos não o são.

    O artigo, quanto a mim brilhante, da CFA, apenas traz esta questão à baila.

    Para não nos esquecermos dos tipos diferentes de racismo que há. Repare que ela diz "deixa-se de lado (...)", ou seja, ela não nega o outro racismo, mas apenas lembra um que se esquece muitas vezes.

    Eu posso falar de experiência, que sem conhecer um número exageradamente significativo de negros, ouvi de todos - repito, todos - afirmarem que os negros são os mais racistas com eles próprios. Negros com mestiços, com mulatos, etc.

    Isto NÃO É - repito, não é - dizer que todos os negros são racistas, e muito menos desculpar os brancos que o são.

    É apenas trazer "alguma" evidência estatística de que TAMBÉM os negros são racistas. E, neste caso, contra eles práprios, o que é algo sui generis, digamos assim.

    Se nos levarmos pelo preconceito fácil e ideias feitas não chegamos a lado nenhum. Melhor tentar ter alguma imparcialidade.

    Obrigado pelos comentários, AA, jmnk, e sábios do sião.

    By Blogger Tiago Mendes, at 10:37 da tarde  

  • He he Recaídas!!!! Tinha lido o artigo e ia postá-lo no meu blog novo.... que nao ta criado ainda!!!
    Afinal nao acabaste com o Blog he he he he
    ciao vou pra Praia dos Moinhos
    P.

    By Anonymous Anónimo, at 12:38 da tarde  

  • A ética é a ciência do "dever ser"; é, pois, um conjunto de prescrições que determina o que se deve fazer frente a uma certa circunstância, tendo por finalidade a busca do "bem", conceito ideal. Essa é a idéia de ética que nos deram os gregos, principalmente Aristóteles, que cunhou seus fundamentos em "Ética a Nicômaco". Nesse sentido amplo, ética envolve política, moral, direito, bons costumes, etc.

    Há também um uso estrito da palavra ética, quando se usa essa palavra como sinônimo de moral. Diz-se que alguém é ético quando se quer dizer que ele é moralmente irrepreensível. Foi nesse sentido estrito que usei a palavra ética, como sinônimo de moral. Quanto a dizer que não há nada político que não seja moral, eu discordo. A política pode ser amoral ou imoral; pois é forçoso reconhecer que a ética prescreve como dever ser feita a política em busca do bem comum, mas é possível, e provável, que muitos façam política sem obedecer aos ditames éticos. Será uma boa política? Não, mas não há como negar que é política, embora amoral ou imoral.

    O que eu quis, na verdade, foi contrapor o individual ao coletivo; por isso coloquei a moral de um lado e o social-político de outro. Digo e repito que o problema racial é social, pois os negros são mais pobres e menos escolarizados que os brancos, do Brasil à Portugal. E isso ocorre por uma escravidão e exploração à que foram submetidos os africanos que, historicamente, ainda é muito recente. Desse modo, as consequências da escravidão e exploração africanas mostram-se muito presentes, e os brancos ainda são mais bem sucedidos que os negros. Assim, para a sociedade, incluindo brancos e negros, o mundo idealizado é o mundo branco, das maiores relizações pessoais, tão valorizadas pelo capitalismo.

    Na Europa, a situação é mais latente, pois o negro é visto muitas vezes como mero imigrante ou trabalhador braçal. Não que no Brasil não haja racismo, mas o caso europeu é mais emblemático. O que dizer de um negro europeu vendo o mundo branco bem-sucedido a sua volta? Por isso alguns negros são racistas, impelidos pela sociedade em que vivem, e chegam a negar sua cor, pois buscam o ideal branco de felicidade, tão propagado nos livros, jornais, revistas, TV, etc

    Nunca fui alvo de racismo, pois sou branco, mas sou solidário ao que o foram. Enfim, a questão é social porque os africanos foram explorados durante séculos e vivem as consequências dessa exploração. Por isso, o mundo idealizado é o mundo rico/branco, e os próprios negros vivem crises de identidade, Michael Jackson que o diga: já era rico e famoso, o que faltava, tendo em vista o ideal capitalista? Ser branco...

    Assim, caros amigos, concluo esse comentário, escusando-me se fui prolixo.

    Com os meus cumprimentos!

    Therence.

    By Blogger sabios de siao, at 6:09 da tarde  

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