aforismos e afins

27 junho 2005

The wit and humour of Oscar Wilde (1)

«The real Don Juan is not the vulgar person who goes about making love to all women he meets, and what the novelists call 'seducing' them. The real Don Juan is the man who says to women: 'Go away!
I don't want you. You interfere with my life. I can do without you.'
Swift was the real Don Juan. Two women died for him!»

6 Comments:

  • O verdadeiro libertino requer, para se realizar eroticamente, concurso de um cúmplice ou a presença de uma vítima. O libertino precisa sempre do outro e nisto consiste a sua condenação: depende do seu objecto e é escravo da sua vítima.

    By Blogger jmnk, at 10:05 da tarde  

  • não percebi bem, jmnk. quer dizer, estou de acordo com o que dizes, ainda que não totalmente. se leste os "12o dias de Sodoma" do Sade, ou o filme do Pasolini, concordarás que a "vítima" pode ser mesmo vítima, e nesse sentido dizer que o libertino está condenado porque "depende" de alguém é demasiado tautológico.

    Porque assim tudo o que faças "depende" de alguém. e nessa visão ninguém é independente. quando comprar pão, jornal, etc, estarás sempre "dependente".

    mas porque te suscitou esse comentario a pequena provocação do OScar Wilde? a sério que não percebi bem.

    By Blogger Tiago Mendes, at 10:26 da tarde  

  • o devaneio surgiu por causa da figura de D. Juan, um libertino...

    Vi o filme, e deixa-me dizer que foi dos filmes que mais me custou ver... mas a figura de Sade sempre me intrigou, principalmente o seu fulgor anti-religioso, era quase uma crença, uma religião ao contrário.

    No erotismo libertino existe a figura da posse, ele é prisioneiro da posse, da vítima.
    No extremo oposto estaria o erotismo platónico, ou talvez não, pq Platão sempre exaltou o "Ser", apesar de existir o culto da castidade.
    No meio, estaria o erotismo que não carece de posse nem de ausência, mas sim de partilha....

    desculpa os meus devaneios, mas a culpa é do que postas no teu blog e que eu leio sempre com prazer

    By Blogger jmnk, at 11:39 da tarde  

  • ora essa, eu é que agradeço os devaneios :)

    estava só a tentar compreender o enquadramento disso. O filme é terrível, difícil de ver até ao fim. Só depois li o livro, e aquilo é de facto cru. Mas é a natureza humana, e por isso acho que é um dos grandes filmes de sempre. Também dizia o Oscar Wilde que os livros que os homens chamam de imorais são os que mostram a verdadeira natureza humana (algo assim....).

    Eu percebo perfeitamente o que tu dizes do libertino ser escravo e dependente da vítima. POsso aceitar isso no sentido de ele ser um "viciado" e como tal não o controlar. Só nao queria era que o significado estivesse em ele estar dependente de algo "apenas" porque gosta disso. Porque isso seria tirar peso à palavra vítima, já que todos seríamos vítimas daquilo que nos desse prazer.

    mas acho que adicionando o carácter de "vício" chegamos a acordo, vale?

    By Blogger T. M., at 11:54 da tarde  

  • por supuesto que si ... :)

    By Blogger jmnk, at 12:02 da manhã  

  • mira hombre, nos entendemos, no? bien, gracias por tus comments :)

    By Blogger T. M., at 12:05 da manhã  

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