aforismos e afins

09 outubro 2005

A falta de vergonha de Carrilho

Carrliho não tem mesmo traquejo. Tendo lançado a sua candidatura à revelia do PS, cheio de força e «glamour», começa o discurso por agradecer ao secretário-geral do PS, a Jorge Coelho, e a mais 3 ou 4 responsáveis da campanha. Entre partilhar as culpas da derrota e vergar-se perante o aparelho à procura do tacho futuro, Manuel Maria cobre-se de ridículo. Não me lembro de um discurso de derrota não começar por felicitar o vencedor e, mais, demorar vários minutos a fazê-lo. Ainda comenta a frágil esposa, e depois elabora sobre o programa virtuoso da sua campanha. Fala do voto à esquerda que se "desagregou" - como se ele não fosse responsável!

Continua por agradecer, e deseja os "melhores votos" ao adversários. Mas reparem que nem dá os democráticos "parabéns". Não assume a derrota, como diz e muito bem o repórter da TSF. É o discurso de derrota mais vergonhoso que me lembro, mas támbém não surpreende. O pavão leva as suas penas para casa, mas pode estar descansado que os voos altos terminam aqui.

Esqueci-me de mencionar que começou por dizer que tinha sido CONVIDADO por Sócrates - ah! Isto, lembrado na série notável de posts do RMD: I, II, III, IV, V.

1 Comments:

  • E ainda por cima o ponto alto do discurso- e aí Carrilho e Bárbara ficam efusivos, cheios de tiques nervosos - é quando ele diz com determinação e certeza que se a cidade progredir será porque algumas das suas ideias de campanha irão ser implementadas- não por ele, mas pelo sucessor. Mas, note-se, à custa destas lhe terem sido roubadas.

    By Anonymous Anónimo, at 7:03 da tarde  

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