Autárquicas (10)
O discurso de Marques Mendes na última 6ª feira, a encerrar a campanha eleitoral, foi deplorável. A acenar contra o perigo do domínio socialista no país: governo com maioria absoluta, Presidente da República, presidente do Tribunal de Contas e Tribunal Constitucional, presidente da CGD e do Banco de Portugal. Demagogia pura. Governo e Presidente da República são eleitos democraticamente, period. Dos restantes nomeados, é criminoso misturar algumas nomeações mais ou menos escandalosas com outras, como a de Vítor Constâncio, senhoras de track-record de competência irrepreensível e por todos reconhecida.
Bem sei que isto serão as contingências da política. Os meios justificam os fins. E já nem falo da falta de coerência a quem usualmente invoca a herança de Sá-Carneiro, e o célebre
«uma maioria, um governo, um presidente» (ou algo parecido).
A questão para mim é simples: eleições autárquicas não devem interpretações nacionais. Como o «dever» se deve sobrepor ao «interesse», o "não devem" passa a um "não podem". Espero que a vitória seja celebrada sem exageros e demagogias. Carrilho perdeu, Soares perdeu, Assis perdeu. Ainda bem. Mas o ataque ao governo e a Socrátes não deve - não pode, basear-se nisso. Sorry.
Bem sei que isto serão as contingências da política. Os meios justificam os fins. E já nem falo da falta de coerência a quem usualmente invoca a herança de Sá-Carneiro, e o célebre
«uma maioria, um governo, um presidente» (ou algo parecido).
A questão para mim é simples: eleições autárquicas não devem interpretações nacionais. Como o «dever» se deve sobrepor ao «interesse», o "não devem" passa a um "não podem". Espero que a vitória seja celebrada sem exageros e demagogias. Carrilho perdeu, Soares perdeu, Assis perdeu. Ainda bem. Mas o ataque ao governo e a Socrátes não deve - não pode, basear-se nisso. Sorry.
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