A Arte e o Outro (3)
«Para que a arte possa ser arte, não se lhe exige uma sinceridade absoluta, mas algum tipo de sinceridade. Um homem pode escrever um bom soneto de amor sob duas condições - porque está consumido pelo amor, ou porque está consumido pela arte.
Tem de ser sincero no amor ou na arte; não pode ser ilustre em nenhum deles, ou seja no que for, de outro modo. Pode arder por dentro, sem pensar no soneto que está a escrever; pode arder por fora, sem pensar no amor que está a imaginar.
Mas tem de estar a arder algures. De contrário, não conseguirá transcender a sua inferioridade humana.» [Fernando Pessoa]
Tem de ser sincero no amor ou na arte; não pode ser ilustre em nenhum deles, ou seja no que for, de outro modo. Pode arder por dentro, sem pensar no soneto que está a escrever; pode arder por fora, sem pensar no amor que está a imaginar.
Mas tem de estar a arder algures. De contrário, não conseguirá transcender a sua inferioridade humana.» [Fernando Pessoa]
3 Comments:
Donde é que são retiradas as citações, caro Tiago?
By Anónimo, at 5:12 da tarde
Caro José Barros,
Tenho-as escritas em papéis espalhados, pelo que estas não lhe consigo dizer em concreto. Recomendo, se lhe interessar a(lguma) escrita de Pessoa, que veja as edições da Assírio & Alvim. Destaco o "Aforismos e Afins" (julgo que terá sido daí) e o "Escritos Áutómaticos, Autobiográficos, e de Reflexão Pessoal".
"Destaco". Porque "recomendar", recomendava mesmo tudo... by definition :)
By Tiago Mendes, at 8:02 da tarde
Caro Tiago Mendes, obrigado pelos "destaques". Já li muita coisa de Pessoa, mas não reconheci os excertos aqui publicados. Hei-de ler com mais atenção a escrita ensaística do grande poeta.
By Anónimo, at 10:31 da tarde
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