A identidade
Leiam com atenção este merecido destaque que o Da Literatura dá a um texto do João Galamba*. [Também referido no Ma-Schamba.]
«A identidade não é uma propriedade empírica dos indivíduos [...] mas algo que medeia sempre (e necessariamente) a relação que cada um tem consigo próprio e com os outros e que precede cada acção individual, pois a organização simbólica da sociedade não se elimina por decreto nem pode ser determinada individualmente. [...] A identidade não é algo que existe como se fosse um simples facto ou uma propriedade do indivíduo, mas algo que antecede estas interacções e que é reproduzido por elas. A minha identidade é fluida, dialógica e contextual, mas ela existe (depende do reconhecimento dos outros e do contexto onde existo: ninguém podia ser um dandy no sec. XII e ser um dandy não depende apenas da minha intenção, mas do significado social que o termo possui e do reconhecimento de terceiros). Na realidade onde nós vivemos existem homossexuais [...] dizer que não há homossexuais [...] contribui para desvalorizar uma causa política e mascarar injustiças rotulando-as como inexistentes.»
*com o "bónus" de Eduardo Pitta ter corrigido a tua crónica (porque anglo-saxónica) falta de acentos!
«A identidade não é uma propriedade empírica dos indivíduos [...] mas algo que medeia sempre (e necessariamente) a relação que cada um tem consigo próprio e com os outros e que precede cada acção individual, pois a organização simbólica da sociedade não se elimina por decreto nem pode ser determinada individualmente. [...] A identidade não é algo que existe como se fosse um simples facto ou uma propriedade do indivíduo, mas algo que antecede estas interacções e que é reproduzido por elas. A minha identidade é fluida, dialógica e contextual, mas ela existe (depende do reconhecimento dos outros e do contexto onde existo: ninguém podia ser um dandy no sec. XII e ser um dandy não depende apenas da minha intenção, mas do significado social que o termo possui e do reconhecimento de terceiros). Na realidade onde nós vivemos existem homossexuais [...] dizer que não há homossexuais [...] contribui para desvalorizar uma causa política e mascarar injustiças rotulando-as como inexistentes.»
*com o "bónus" de Eduardo Pitta ter corrigido a tua crónica (porque anglo-saxónica) falta de acentos!
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