aforismos e afins

04 dezembro 2005

O valor do que se (não) tem

Não lhe vou perguntar se prefere o tempo de Portugal, porque com o dia que está lá fora é impossível não ter saudades do sol português...

A propósito de tempo, queria apenas dizer uma coisa: os portugueses não dão ao seu próprio país o valor que tem. Quanto mais tempo estou fora de Portugal, mais gosto de Portugal. Nós temos coisas extraordinárias em Portugal. Não é só o tempo; a sociabilidade, o fundo de generosidade que têm os portugueses, a qualidade das relações humanas - aquilo que muitas vezes dá um encanto especial a Portugal e que os estrangeiros reconhecem melhor do que nós -, são qualidades insubstituíveis e que eu gostava de ver mais valorizadas.

[Entrevista de José António Saraiva a Durão Barroso, Expresso]