Acredito profundamente nesta frase. Apesar da ideia já estar vigente há muito tempo (senão mesmo séculos). Penso que a humanidade irá realmente caminhar para este ponto. Bem se formos a ver na nossa infância as coisas passavam muito por este conceito. Porém são poucos os adultos que têm essa perspectiva no seu quotidiano.
Sim, João, acho que no "mundo ocidental" estamos muito longe disto, sinceramente... a ideia do "crescimento", do "PIB prá-qui, PIB prá-colá" ilustra isto. Não quer dizer que o crescimento não seja importante, ou que devamos voltar atrás! Não, claro que não!
É apenas a atitude perante a vida e a forma como se vê a felicidade.
O momento mais "slow" da minha vida foi mesmo aquela viagenzinha de finalistas ao Brasil. Slow life, slow food, aquelas jantaradas intermináveis... boas recordações :)
PS: respondo às tuas questões do outro post quando tiver tempo. Ufa...!
Ligação entre Ócio e Inteligência Tempo livre, encarando-se como tempo disponível a uma pessoa para poder realizar o que lhe bem apetecer, o que normalmente está associado a tarefas onde se tem mais prazer. Agora a associação da frase é associar a tarefa que lhe dá mais prazer como uma qualquer tarefa onde seja exercitado actividade cerebral. Que tarefas temos onde a actividade cerebral é mais pronunciada. Ou antes e melhor, qual é a actividade (s) que temos a percepção (individual) de que temos um maior exercício mental. Dificilmente conseguiríamos estabelecer uma, como dominante, mas temos várias como puzzles, contradições, ideologias, eliminação de becos, invenção, tentativa de compreensão de algo, tentativa de explicação de algo, procura da prova… Muitos destes estão mesmo associados ao exercício do cientista, do investigador, do inventor.
Agora "last product of civilization" Eu vou inserir aqui um cenário, onde temos as nossas tarefas de satisfação das necessidades primárias realizadas (segundo alguns, isso será concretizado já no ano 2035). Alimentação, roupa, serviços médicos (nem todos) é assegurado socialmente. Quais seriam os empregos que ainda vigorariam? Vamos então assumir que grande parte das pessoas já não tinham necessidade de ir trabalhar. Que fariam elas a esse tempo todo?
Muitas se suicidavam?. Outros incrementariam as viagens das suas vidas. Outros explorariam o prazer físico. Mas penso que outros aumentariam o prazer intelectual.
O brincar com as pequeninas coisas e depois visualiza-las em contextos cada vez mais complexos. A procura de conhecimento apenas pela caminhada e o ponto final é gratificante o suficiente.
Penso que as pessoas pouco a pouco se iriam aperceber que o maior prazer é o da criação. (Este conceito é abrangente o suficiente para poder englobar simulações, sonhos, filhos…)
"Eu vou inserir aqui um cenário, onde temos as nossas tarefas de satisfação das necessidades primárias realizadas (segundo alguns, isso será concretizado já no ano 2035). Alimentação, roupa, serviços médicos (nem todos) é assegurado socialmente."
Acho bem que chames a isto "cenário"! Eu chamaria "catástrofe socialista"; uma revisita de coisas que não correram bem.
Eu percebo o ponto do teu comentário, mas talvez dissesse que sou um bocado mais "liberal" nestas coisas. Se bem que eu tenha muito prazer nas "intelectualidades", também tenho prazer em coisas bem mais simples (vide "Nakedness" :D).
E mesmo tendo esta ou aquela "inclinação", não acho que o "humano" seja preponderantemente intelectual. Não é isso o que distingue o homem. O que distinggue o homem do animal é a "consciência". De si, do que o rodeia, do que é inexplicável.
Ora não é necessariamente verdade que o homem tenha que lidar "intelectualmente" com o que advém dessa diferença. Aliás, acho isso muito perigoso. E a provar isso, publiquei um poema dos meus favoritos no My Drisht. Dá lá uma espreitadela...
Ou seja, acho que o "fill intelligently" não implica necessariamente que será feito com coisas intelectuais. Apenas que será "consciente", pensado, e "optimizado". Mas não necessariamente com o intelecto.
Boa resposta! Não pretendia a exclusão apenas a hierarquização de “fontes de prazer” (se detectáveis). (o cenário promoveria a uma visualização mais clara da divisão.)
Ok! Tens todo o direito à hierarquização "pessoal", claro. Só achei algo abusivo sugerires que só haveria "um" caminho para o homem ser feliz, ou ser mais homem, ou superar-se, como queiras... abraço.
7 Comments:
Acredito profundamente nesta frase. Apesar da ideia já estar vigente há muito tempo (senão mesmo séculos). Penso que a humanidade irá realmente caminhar para este ponto.
Bem se formos a ver na nossa infância as coisas passavam muito por este conceito. Porém são poucos os adultos que têm essa perspectiva no seu quotidiano.
By Anónimo, at 5:06 da tarde
Sim, João, acho que no "mundo ocidental" estamos muito longe disto, sinceramente... a ideia do "crescimento", do "PIB prá-qui, PIB prá-colá" ilustra isto. Não quer dizer que o crescimento não seja importante, ou que devamos voltar atrás! Não, claro que não!
É apenas a atitude perante a vida e a forma como se vê a felicidade.
O momento mais "slow" da minha vida foi mesmo aquela viagenzinha de finalistas ao Brasil. Slow life, slow food, aquelas jantaradas intermináveis... boas recordações :)
PS: respondo às tuas questões do outro post quando tiver tempo. Ufa...!
By T. M., at 5:10 da tarde
Acho que interpretei a frase de uma outra forma.
Ligação entre Ócio e Inteligência
Tempo livre, encarando-se como tempo disponível a uma pessoa para poder realizar o que lhe bem apetecer, o que normalmente está associado a tarefas onde se tem mais prazer.
Agora a associação da frase é associar a tarefa que lhe dá mais prazer como uma qualquer tarefa onde seja exercitado actividade cerebral.
Que tarefas temos onde a actividade cerebral é mais pronunciada. Ou antes e melhor, qual é a actividade (s) que temos a percepção (individual) de que temos um maior exercício mental. Dificilmente conseguiríamos estabelecer uma, como dominante, mas temos várias como puzzles, contradições, ideologias, eliminação de becos, invenção, tentativa de compreensão de algo, tentativa de explicação de algo, procura da prova…
Muitos destes estão mesmo associados ao exercício do cientista, do investigador, do inventor.
Agora "last product of civilization"
Eu vou inserir aqui um cenário, onde temos as nossas tarefas de satisfação das necessidades primárias realizadas (segundo alguns, isso será concretizado já no ano 2035). Alimentação, roupa, serviços médicos (nem todos) é assegurado socialmente.
Quais seriam os empregos que ainda vigorariam?
Vamos então assumir que grande parte das pessoas já não tinham necessidade de ir trabalhar. Que fariam elas a esse tempo todo?
Muitas se suicidavam?. Outros incrementariam as viagens das suas vidas. Outros explorariam o prazer físico. Mas penso que outros aumentariam o prazer intelectual.
O brincar com as pequeninas coisas e depois visualiza-las em contextos cada vez mais complexos. A procura de conhecimento apenas pela caminhada e o ponto final é gratificante o suficiente.
Penso que as pessoas pouco a pouco se iriam aperceber que o maior prazer é o da criação. (Este conceito é abrangente o suficiente para poder englobar simulações, sonhos, filhos…)
PS. No rush.
By Anónimo, at 7:16 da tarde
"Eu vou inserir aqui um cenário, onde temos as nossas tarefas de satisfação das necessidades primárias realizadas (segundo alguns, isso será concretizado já no ano 2035). Alimentação, roupa, serviços médicos (nem todos) é assegurado socialmente."
Acho bem que chames a isto "cenário"! Eu chamaria "catástrofe socialista"; uma revisita de coisas que não correram bem.
Eu percebo o ponto do teu comentário, mas talvez dissesse que sou um bocado mais "liberal" nestas coisas. Se bem que eu tenha muito prazer nas "intelectualidades", também tenho prazer em coisas bem mais simples (vide "Nakedness" :D).
E mesmo tendo esta ou aquela "inclinação", não acho que o "humano" seja preponderantemente intelectual. Não é isso o que distingue o homem. O que distinggue o homem do animal é a "consciência". De si, do que o rodeia, do que é inexplicável.
Ora não é necessariamente verdade que o homem tenha que lidar "intelectualmente" com o que advém dessa diferença. Aliás, acho isso muito perigoso. E a provar isso, publiquei um poema dos meus favoritos no My Drisht. Dá lá uma espreitadela...
Abraço. E não penses "demasiado" :)
By T. M., at 7:32 da tarde
Ou seja, acho que o "fill intelligently" não implica necessariamente que será feito com coisas intelectuais. Apenas que será "consciente", pensado, e "optimizado". Mas não necessariamente com o intelecto.
By T. M., at 7:34 da tarde
Boa resposta!
Não pretendia a exclusão apenas a hierarquização de “fontes de prazer” (se detectáveis). (o cenário promoveria a uma visualização mais clara da divisão.)
By Anónimo, at 12:49 da manhã
Ok! Tens todo o direito à hierarquização "pessoal", claro. Só achei algo abusivo sugerires que só haveria "um" caminho para o homem ser feliz, ou ser mais homem, ou superar-se, como queiras... abraço.
By T. M., at 12:58 da manhã
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