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"Mas há um ponto onde eu não altero a minha leitura e, a de que esta eleição tem um alto grau de probabilidade de se decidir à primeira volta. Eu sei que os teóricos das sondagens dizem que os candidatos presidenciais, à primeira volta, só são eleitos se tiverem mais de metade dos votos validamente expressos. E os votos validamente expressos são os votos dos outros candidatos e os votos nulos. Não contam, para este apuramento, os votos brancos. E daí tiro o corolário de que quantos mais candidatos houver, mais votos validamente expressos há e, portanto, mais difícil será que um candidato perca." - disse Vitorino.
Espantoso "corolário", este. Valerá a pena comentar? Ilustres opinion-makers que se confundem com um conceito tão simples como o de "percentagem" fazem-me lembrar o texto de JPP, em que este diz: "as pessoas continuam a achar que cultura é saber o número de cantos dos Lusíadas mesmo que não se saiba o principio de Arquimedes, ou o que é a inércia".
E já dou de barato a sugestão quase insinuadora (ou seria uma mera "gaffe" num discurso oral mal preparado?) que sobressai no uso da expressão "o que os teóricos das sondagens dizem" para se referir a uma coisa perfeitamente objectiva que dá pelo nome de "regra eleitoral". Com tanta confusão, não é de excluir a hipótese duma auto-flagelação por "direito ao contraditório"... ao próprio.
Espantoso "corolário", este. Valerá a pena comentar? Ilustres opinion-makers que se confundem com um conceito tão simples como o de "percentagem" fazem-me lembrar o texto de JPP, em que este diz: "as pessoas continuam a achar que cultura é saber o número de cantos dos Lusíadas mesmo que não se saiba o principio de Arquimedes, ou o que é a inércia".
E já dou de barato a sugestão quase insinuadora (ou seria uma mera "gaffe" num discurso oral mal preparado?) que sobressai no uso da expressão "o que os teóricos das sondagens dizem" para se referir a uma coisa perfeitamente objectiva que dá pelo nome de "regra eleitoral". Com tanta confusão, não é de excluir a hipótese duma auto-flagelação por "direito ao contraditório"... ao próprio.
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