Blasfémias, censuras e paternalismo
Em Portugal é fácil criar uma tempestade num copo de whisky.
A sátira de CAA à entrevista de Constança Cunha e Sá a Cavaco levou a que o jornalista António Ribeiro Ferreira escrevesse isto sobre uma pessoa por ele totalmente d-e-s-c-o-n-h-e-c-i-d-a:
1. O seu autor: um miserável sem qualificação.
2. O verme do Blasfémias que tentou insultar a Constança insiste na ignomínia. Chegou a hora de saber quem é esse imbecil.
3. Ajuda importante para limpar este tipo de lixo da blogosfera
4. O imbecil Amorim já reagiu. No seu estilo miserável, claro.
Vejam as réplicas do visado Carlos Abreu Amorim aqui e aqui.
Dois dos colegas de CAA no Blasfémias, Rui de Albuquerque e Rodrigo Adão da Fonseca, resolveram fazer - em seu nome - um «pedido de desculpas», respectivamente, aqui e aqui.
Nos comentários a esses dois posts, eu escrevi uma coisa simples: é de um paternalismo inaceitável pedir desculpa em nome de outrém. Ainda para mais sendo um liberal. Pedir desculpa requer responsabilidade pelo acto que se pretende desculpar. A responsabilidade só é assacável se houver liberdade de escolha. Ao pedirem desculpas publicamente - em vez de, por exemplo, optarem por uma mera demarcação em relação ao referido post, cometem uma proeza extraordinária para o que é ser liberal na minha concepção, ao não respeitarem a soberania do indivíduo,
a sua liberdade de escolha, e a responsabilidade que dela advém.
O gosto do post original de CAA é discutível. Vejo-o como sátira, dum género tipo cartoon, e parece-me aceitável que seja visto como algo excessiva. Mas isso pouco importa para o ponto principal, que é ver um jornalista (!) se arrogar de coisas que se pensavam inimagináveis depois da PIDE. Quem estava habituado a ler os seus escritos no DN não ficará muito surpreendido com o «verbo fácil» de AFR. Mas que é triste, é. E quem quer que ame a liberdade de expressão e até alguma saudável e necessária irreverência - na blogosgera e não só - não pode ficar imune a esta chacota e tentativa de censura que AFR protagonizou.
Espero, sinceramente, que os blasfesmos se «aguentem», porque fazem falta à blogosfera. Isso não me impede de dizer, com toda a frontalidade, que foi uma surpresa e mesmo uma decepção ver liberais pedirem desculpas por outrém. Esperemos pela bonança.
A sátira de CAA à entrevista de Constança Cunha e Sá a Cavaco levou a que o jornalista António Ribeiro Ferreira escrevesse isto sobre uma pessoa por ele totalmente d-e-s-c-o-n-h-e-c-i-d-a:
1. O seu autor: um miserável sem qualificação.
2. O verme do Blasfémias que tentou insultar a Constança insiste na ignomínia. Chegou a hora de saber quem é esse imbecil.
3. Ajuda importante para limpar este tipo de lixo da blogosfera
4. O imbecil Amorim já reagiu. No seu estilo miserável, claro.
Vejam as réplicas do visado Carlos Abreu Amorim aqui e aqui.
Dois dos colegas de CAA no Blasfémias, Rui de Albuquerque e Rodrigo Adão da Fonseca, resolveram fazer - em seu nome - um «pedido de desculpas», respectivamente, aqui e aqui.
Nos comentários a esses dois posts, eu escrevi uma coisa simples: é de um paternalismo inaceitável pedir desculpa em nome de outrém. Ainda para mais sendo um liberal. Pedir desculpa requer responsabilidade pelo acto que se pretende desculpar. A responsabilidade só é assacável se houver liberdade de escolha. Ao pedirem desculpas publicamente - em vez de, por exemplo, optarem por uma mera demarcação em relação ao referido post, cometem uma proeza extraordinária para o que é ser liberal na minha concepção, ao não respeitarem a soberania do indivíduo,
a sua liberdade de escolha, e a responsabilidade que dela advém.
O gosto do post original de CAA é discutível. Vejo-o como sátira, dum género tipo cartoon, e parece-me aceitável que seja visto como algo excessiva. Mas isso pouco importa para o ponto principal, que é ver um jornalista (!) se arrogar de coisas que se pensavam inimagináveis depois da PIDE. Quem estava habituado a ler os seus escritos no DN não ficará muito surpreendido com o «verbo fácil» de AFR. Mas que é triste, é. E quem quer que ame a liberdade de expressão e até alguma saudável e necessária irreverência - na blogosgera e não só - não pode ficar imune a esta chacota e tentativa de censura que AFR protagonizou.
Espero, sinceramente, que os blasfesmos se «aguentem», porque fazem falta à blogosfera. Isso não me impede de dizer, com toda a frontalidade, que foi uma surpresa e mesmo uma decepção ver liberais pedirem desculpas por outrém. Esperemos pela bonança.
4 Comments:
Tem razão caro Tiago, eu também encarei a foto do copo como uma especie de cartoon com alguma ironia e muito humor. Estou verdadeiramente embasbacado com o bota baixo que tenho lido nas últimas horas. Afinal parece que ainda há umas vacas virgens por aí ....
By Anónimo, at 11:25 da tarde
Quem és tu, caro? Sò para saber :)
By Tiago Mendes, at 11:28 da tarde
Concordo consigo, no essencial.
Noto, porém, que será preciso ler o post do Rui com alguma (q.b.) ironia e com o sentido de uma pista que permita concluir-se o seguinte: "nós não somos bem como eles", ainda que porventura expresso de forma ténue. Por isso, não veja tanto as coisas pela óptica de uns liberais a pedirem desculpa por outros...
Quanto às sensibilidades de "virgens púdicas", este pais é, de facto, assim....
By PMF, at 11:30 da tarde
Caro pmf:
Eu inicialmente li o post como sendo sério - muito porque não leio suficientes post dele para sentir liberdade de "tirar a coisa do sério" - e depois passei à hipótese. Claramente o post do RAF - sobretudo o comentário dele no blog de ARF, veio demonstrar que se falava a sério.
Eu não sei se isto vai der em Barnabé... espero que não. O que sei é que dificilmente o "problema" poderia ser maior. Porque muito mais grave que chamar nome A ou B a alguém, é ser paternalista. E então vindo dum liberal. Mas eu já escrevi isto hoje em tanto lado que já estou farto de mim. Vou dormir. Abraço,
By Tiago Mendes, at 11:38 da tarde
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