Curioso... li o post da entrevista ao Cunhal e depois li este . Subscreves o Vergílio ? Mas nesse caso, dirias também que o Cunhal, sendo considerado como um "homem de carácter" , etc., tal como é dito na entrevista, morreu feito arauto de causas perdidas ?
ah, mas eu pus o post antes da entrevista mesmo como "aperitivo"!
não diria que subscrevo na íntegra o Vergílio, sinceramente que não (aliás, eu nem sempre concordo com o que cito, embora gealmente sim, mas sou provocador).
gosto do jogo que ele faz e de fazer-nos pensar o que é isso de ter carácter, porque de facto manter coisas "fáceis" de acreditar não tem grande mérito.
eu diria que ter carácter é manter aquilo em que se acredita mesmo que isso implique sofrimento. como Sócrates que bebeu a cicuta. COmo o Samurai que se mata por honra do clã em que acredita.
acho que o que o VF diz é mais "aparentar carácter", porque no fundo é aparentar que se mantém uma convicçao... em algo em que se ainda acredita.
manter aquilo em que se nao acredita é casmurrice, e isso pode--se disfarçar de carácter se já não se acreditar.
eu acredito que Cunhal até pudesse acreditar aidna na utopia comunista, mas a verdade é que NUNCA poderemos saber porque ele não tinha alternativa (dado o seu perfil político e psicologico) para mudar de rumo.
ou seja, ou ele acredita naquilo de facto e é algo casmurro mas com carácter na minha forma de ver (porque acredita contra ventos e marés) ou não acredita mas aidna o defende e tem carácter segundo o VF.
o VF julgo que foi comunista durante muito tempo, e depois deiou-se disso.
não ponmho de lado a hipótse de ele ter escrito isto a pensar nele próprio e em parte no CUnhal.
tudo especulaçéos, claro. diz-me tu a tua opinião, amiga filósofa. :)
Bem , quer acreditasse ou não, o Cunhal foi tudo menos vira-casacas . Talvez a história toda do carácter tenha principalmente a ver com isso, com essa capacidade de se ter uma base tão forte para aquilo que se defende, que não seja fácil ser arrancado ao caminho que se escolheu, mesmo quando as circunstâncias políticas do país e do mundo cada vez mais se afastam do sonho comunista (o que não significa que não justifiquem esse sonho, por reacção a um mundo cheio de novas formas de desigualdade social). Bem, depois penso melhor sobre isto.
4 Comments:
Curioso... li o post da entrevista ao Cunhal e depois li este . Subscreves o Vergílio ? Mas nesse caso, dirias também que o Cunhal, sendo considerado como um "homem de carácter" , etc., tal como é dito na entrevista, morreu feito arauto de causas perdidas ?
By Ginja, at 12:04 da manhã
ah, mas eu pus o post antes da entrevista mesmo como "aperitivo"!
não diria que subscrevo na íntegra o Vergílio, sinceramente que não (aliás, eu nem sempre concordo com o que cito, embora gealmente sim, mas sou provocador).
gosto do jogo que ele faz e de fazer-nos pensar o que é isso de ter carácter, porque de facto manter coisas "fáceis" de acreditar não tem grande mérito.
eu diria que ter carácter é manter aquilo em que se acredita mesmo que isso implique sofrimento. como Sócrates que bebeu a cicuta. COmo o Samurai que se mata por honra do clã em que acredita.
acho que o que o VF diz é mais "aparentar carácter", porque no fundo é aparentar que se mantém uma convicçao... em algo em que se ainda acredita.
manter aquilo em que se nao acredita é casmurrice, e isso pode--se disfarçar de carácter se já não se acreditar.
eu acredito que Cunhal até pudesse acreditar aidna na utopia comunista, mas a verdade é que NUNCA poderemos saber porque ele não tinha alternativa (dado o seu perfil político e psicologico) para mudar de rumo.
ou seja, ou ele acredita naquilo de facto e é algo casmurro mas com carácter na minha forma de ver (porque acredita contra ventos e marés) ou não acredita mas aidna o defende e tem carácter segundo o VF.
o VF julgo que foi comunista durante muito tempo, e depois deiou-se disso.
não ponmho de lado a hipótse de ele ter escrito isto a pensar nele próprio e em parte no CUnhal.
tudo especulaçéos, claro. diz-me tu a tua opinião, amiga filósofa. :)
By Tiago Mendes, at 12:27 da manhã
ooops! "ex-filósofa", agora música. fica a correcção!
By Tiago Mendes, at 12:46 da manhã
Bem , quer acreditasse ou não, o Cunhal foi tudo menos vira-casacas . Talvez a história toda do carácter tenha principalmente a ver com isso, com essa capacidade de se ter uma base tão forte para aquilo que se defende, que não seja fácil ser arrancado ao caminho que se escolheu, mesmo quando as circunstâncias políticas do país e do mundo cada vez mais se afastam do sonho comunista (o que não significa que não justifiquem esse sonho, por reacção a um mundo cheio de novas formas de desigualdade social). Bem, depois penso melhor sobre isto.
By Ginja, at 12:15 da manhã
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