aforismos e afins

08 julho 2005

Concerto nº 3

Diferenças à parte, claro, sinto-me um pouco como naquela cena linda do filme «O pianista», em que impedido de fazer qualquer ruído que fosse, o jovem músico judeu se senta ao piano e voa com as mãos pelo teclado, através da memória e da imaginação que ele reproduz. Meio triste porque me esqueci das colecções dos concertos de «Rach» em Portugal, resta-me «cantá-los para dentro». E depois ponho-me a pensar como seria se fôssemos surdos e se não tivéssemos memória.

7 Comments:

  • Descansa que esses cd`s estão bem entregues , que é como quem diz, obrigado ; )
    No filme do Polansky é o exercício do cantar para dentro que mantém viva a música ,a esperança talvez... e é também nesse silêncio que sentimos a força da personagem.

    By Anonymous Anónimo, at 11:32 da tarde  

  • Isso mesmo... esse silêncio, essa paz cheia de esperança de um dia poder voltar a ser-por-entre-os-dedos...

    By Blogger T. M., at 12:07 da manhã  

  • Se não tivéssemos memória seríamos um pedaço de chicha ambulante que só existiria em cada momento presente. Ora o presente é a coisa mais volátil de todas. Seríamos nada, porque nem nos lembraríamos de ser.

    By Blogger Ginja, at 12:32 da manhã  

  • Lindo, Ginja! Adorei o "chicha ambulante", tu mete-me direitos de autor nisso!!

    Sem memória não sei se poderíamso de facto ter consciência de alguma coisa, seríamos uns precoces Parkinsonianos, perdidos no mundo...

    By Blogger T. M., at 12:35 da manhã  

  • (Hmmm....Acho que vou pedir esses CD´s emprestados a «alguém»... ;) )

    By Anonymous Anónimo, at 1:25 da tarde  

  • Mas tu toma bem conta deles, ouviste? ;)

    By Blogger T. M., at 2:14 da tarde  

  • Don´t worry =)

    By Anonymous Anónimo, at 12:57 da manhã  

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