Poesia dum armistício

Racional que sou, dou-me por satisfeito quando uma discussão termina com um «concordar em discordar». Mas outros há que, flutuando numa «categoria existencial» diferente, conseguem ao engenhoso acrescentar o etéreo - sonetando assim sobre um conhecido «adeus às armas» (que afinal foi sol de pouca dura!):

"Mood Dance" (Mudança)

Pobre aldeia, cidade ou país
Que o nariz afiado da Ciência
Vá meter a estudar a Consciência
Julgando ser fecundo como quis...

Ontológico, Galamba prediz:
"Não violem mais a Mente com experiências!
Quem quiser saber da psíque, bem: pense-a,
Que a pensar muito burro foi feliz!"

Eis, Tiago, o sumo dos sofismas:
Seja o que for que a Ciência estude
Sobre a mente, Heidegger o desdiz. Mas

Não vendo eu que isto em breve mude
Já pensei em testar um outro prisma:
Os Moody Blues, ou Miller "In The Mood".

Um (con)tributo simplesmente ontológico, caro João Aldeia!
Em nome de ambos, um muito (e) reconhecido obrigado.