Cunhal (4)
Poucas coisas na vida são preto ou branco, mas para saber o que são é preciso conhecer bem esses extremos. O João diz que não sabe bem o que dizer, e isso parece absolutamente natural (e corajoso). E tanta coisa foi dita que é impossível que o que quer que escrevamos não seja lido como um lugar-comum, como escreve Pedro Lomba, que também nos faz lembrar essa verdade terrível de que «Os homens não deviam poder morrer fora do seu tempo». Até o Luís Delgado apetece ler hoje. E depois, a revelação, que também notei, do porquê do azedume de Vasco Pulido Valente, pela pena de Vicente Jorge Silva.
Eu, que tinha escolhido não ligar muito ao que em tempos apelidei de «espuma dos dias comentarista», sinto um impulso para nestes dias contradizer tal opção porque - discordâncias políticas à parte - não é todos os dias que (nos) morre um (homem como) Cunhal.
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1 Comments:
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