"Sus imposibles revelan lo que nunca se revela totalmente: algo sería posible en lo imposible. La poesía es en él la inminencia de la posibilidad de lo imposible." :-)
Isto é totalmente Heideggeriano. E o próprio Heidegger comparava muitas vezes o trabalho do filósofo ao do poeta. Será que temos aqui uma porta secreta Pessoa-Heidegger-Hayek? Tinham todos bigode! :-)
Quanto a portas secretas, nao sei, mas Pessoa gostaria muito, dado o seu lado mistico!
Quanto a Heidegger, nao sei se sera' a forma mais correcta de ver a questao. Pessoa foi um "pensador", acima de tudo. Evitaria a palavra "filosofo", embora ele se tenha debrucado em pensamentos varios sobre a metafisica.
Julgo que a marca dele e' o "paradoxo". Dai o "poeta do impossivel". Pessoa flui por entre a contradicao e o jogo de palavras, o possivel e o impossivel, com uma paixao assolapada (e certamente regada a bom vinho) pela lingua, pela logica, pela mente, e pelo paradoxo que ha' ou pode existir em tudo isso.
Para alem da obra maior que e' "O livro do desassossego", recomendo o "Escritos autobiograficos, automaticos, e de reflexao pessoal", ambos na Assirio & Alvim.
Claro, a formulação do jornalista (possiblidade do impossível) é que me levou para esses lados. Referia-me ao paradoxo do Adorno, na Möglichkeit des Unmöglichen literalmente, (a possiblidade do impossível), e à importância da reflexão sobre a morte (a impossibilidade) para se chegar ao ser (à ontologia do Heidegger, no Ser e Tempo). E o meu ponto era que o Heidegger é que via o seu trabalho como próximo da poesia. mas tens razão, o post era sobre Pessoa e não Heidegger. :-)
Agora entendo melhor o que querias dizer, e de facto faz todo o sentido. Acho que um existencialista-holists tem de qualquer modo inclinacao a ver poesia em quase todo o lado :)
4 Comments:
"Sus imposibles revelan lo que nunca se revela totalmente: algo sería posible en lo imposible. La poesía es en él la inminencia de la posibilidad de lo imposible."
:-)
Isto é totalmente Heideggeriano. E o próprio Heidegger comparava muitas vezes o trabalho do filósofo ao do poeta. Será que temos aqui uma porta secreta Pessoa-Heidegger-Hayek? Tinham todos bigode! :-)
By Anónimo, at 2:44 da tarde
Quanto a portas secretas, nao sei, mas Pessoa gostaria muito, dado o seu lado mistico!
Quanto a Heidegger, nao sei se sera' a forma mais correcta de ver a questao. Pessoa foi um "pensador", acima de tudo. Evitaria a palavra "filosofo", embora ele se tenha debrucado em pensamentos varios sobre a metafisica.
Julgo que a marca dele e' o "paradoxo". Dai o "poeta do impossivel". Pessoa flui por entre a contradicao e o jogo de palavras, o possivel e o impossivel, com uma paixao assolapada (e certamente regada a bom vinho) pela lingua, pela logica, pela mente, e pelo paradoxo que ha' ou pode existir em tudo isso.
Para alem da obra maior que e' "O livro do desassossego", recomendo o "Escritos autobiograficos, automaticos, e de reflexao pessoal", ambos na Assirio & Alvim.
By Tiago Mendes, at 3:09 da tarde
Claro, a formulação do jornalista (possiblidade do impossível) é que me levou para esses lados. Referia-me ao paradoxo do Adorno, na Möglichkeit des Unmöglichen literalmente, (a possiblidade do impossível), e à importância da reflexão sobre a morte (a impossibilidade) para se chegar ao ser (à ontologia do Heidegger, no Ser e Tempo).
E o meu ponto era que o Heidegger é que via o seu trabalho como próximo da poesia. mas tens razão, o post era sobre Pessoa e não Heidegger. :-)
By Anónimo, at 3:37 da tarde
Agora entendo melhor o que querias dizer, e de facto faz todo o sentido. Acho que um existencialista-holists tem de qualquer modo inclinacao a ver poesia em quase todo o lado :)
By Tiago Mendes, at 3:41 da tarde
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