Linguagem
«Todos os meios do espírito estão contidos na linguagem e quem não reflectiu acerca da linguagem nunca reflectiu sobre nada.»
Uma reflexão de Alain em jeito de prelúdio para amanhã, que levanta algumas questões interessantes. Será que podíamos ser «humanos» sem linguagem? Será que o ser-em-si poderia ter sentido sem linguagem? [para lá da palavra «ser» em si, caros Wittgensteinianos]. E não é necessário haver um outro para que a linguagem nasça?
Um recém-nascido abandonado numa ilha deserta poderia desenvolver alguma forma de linguagem? Como? Para quê? Com «quem»? E será possível «pensar» sem linguagem? Poderia esse recém-nascido, quando já adulto, e sem linguagem, pensar na origem do mundo, em Deus, em «si»? E não podendo «pensar», será que poderia «ser»? Ou estaria condenado a apenas «estar»? Seria homem ou animal? Então é a linguagem que nos humaniza? Melhor: será a linguagem condição necessária - ainda que (porventura) não sucifiente - para sermos humanos? Serão, então, os animais que têm um mais vasto leque comunicacional os que mais perto estão de nós? E a consciência, onde entra nisto tudo? Não era a consciência a marca do humano sobre o animal, como nos sugere o poema «Gato que brincas», de Pessoa?
É possível «ser-se» sem se ter consciência da linguagem?
E como ter consciência sem a analisar? Voltamos à frase de Alain.
Uma reflexão de Alain em jeito de prelúdio para amanhã, que levanta algumas questões interessantes. Será que podíamos ser «humanos» sem linguagem? Será que o ser-em-si poderia ter sentido sem linguagem? [para lá da palavra «ser» em si, caros Wittgensteinianos]. E não é necessário haver um outro para que a linguagem nasça?
Um recém-nascido abandonado numa ilha deserta poderia desenvolver alguma forma de linguagem? Como? Para quê? Com «quem»? E será possível «pensar» sem linguagem? Poderia esse recém-nascido, quando já adulto, e sem linguagem, pensar na origem do mundo, em Deus, em «si»? E não podendo «pensar», será que poderia «ser»? Ou estaria condenado a apenas «estar»? Seria homem ou animal? Então é a linguagem que nos humaniza? Melhor: será a linguagem condição necessária - ainda que (porventura) não sucifiente - para sermos humanos? Serão, então, os animais que têm um mais vasto leque comunicacional os que mais perto estão de nós? E a consciência, onde entra nisto tudo? Não era a consciência a marca do humano sobre o animal, como nos sugere o poema «Gato que brincas», de Pessoa?
É possível «ser-se» sem se ter consciência da linguagem?
E como ter consciência sem a analisar? Voltamos à frase de Alain.
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