Esclarecimento
Caro Adolfo,
Longe de mim criticar o que cada um procura num blog. Que tu queiras ser incoerente, com intenção ou apenas como disposição, é algo a que tens direito. Neste blog ninguém procura nem a «Perfeição» nem o «Bem». Apenas se procura discutir ideias da forma mais honesta e aberta possível. Evitando preconceitos. Apontando falácias. Sobrepondo a ideia ao sujeito por detrás dela. Ninguém aqui quer construir um «edifício funcionalmente perfeito». Nem ditar «compêndios» ou sugerir mecanicismos típicos de «programas informáticos». Nada disso. Nada de absolutismos. Nunca.
Apenas se procura, dentro dos limites que todos temos, um edifício coerente. Não perfeito. Essa noção não se aplica. Apenas coerente. Entendível. Porque só duma mútua compreensão pode surgir alguma dialéctica. Um edifício sempre de porta aberta, onde todos são bem-vindos. Com pilares seguros e à vista de todos. Onde o livro de reclamações nunca se fecha. Onde a gerência tenta atender a todas elas, de boa fé, mas sem comprometer o rigor. Onde as janelas estão bem abertas, para que as mais variadas correntes de ar possam provocar uma bem saudável destruição criadora.
Longe de mim criticar o teu posicionamento, mas enquanto homem que preza a razão, não posso fazer esse elogio da incoerência. Gosto de incoerência, irreverência, desvario, em muita coisa da minha vida que não cabe aqui neste espaço público. Mas debate é sagrado. Ou concordamos em premissas mínimas para o que queremos fazer na esfera pública enquanto seres intelectuais (sem deixar de ser primordialmente pessoas, claro) ou então andamos a falar línguas diferentes. Torres de Babel? Não, obrigado.
Um abraço,
Tiago
PS: Um ponto (talvez) menor: tu usas no final a palavra "incoerência" para te referires a uma suposta "linha editorial" da vossa casa. Isto não é o sentido que tu lhe dás no início do post, em que a incoerência aparece ligada à lógica e não à panóplia e (eventual) consistência de temas. Não sei se isto é propositadamente uma prova de incoerência ou não, mas, coerentemente com a minha forma de estar, não posso deixar de apontar isso.
Longe de mim criticar o que cada um procura num blog. Que tu queiras ser incoerente, com intenção ou apenas como disposição, é algo a que tens direito. Neste blog ninguém procura nem a «Perfeição» nem o «Bem». Apenas se procura discutir ideias da forma mais honesta e aberta possível. Evitando preconceitos. Apontando falácias. Sobrepondo a ideia ao sujeito por detrás dela. Ninguém aqui quer construir um «edifício funcionalmente perfeito». Nem ditar «compêndios» ou sugerir mecanicismos típicos de «programas informáticos». Nada disso. Nada de absolutismos. Nunca.
Apenas se procura, dentro dos limites que todos temos, um edifício coerente. Não perfeito. Essa noção não se aplica. Apenas coerente. Entendível. Porque só duma mútua compreensão pode surgir alguma dialéctica. Um edifício sempre de porta aberta, onde todos são bem-vindos. Com pilares seguros e à vista de todos. Onde o livro de reclamações nunca se fecha. Onde a gerência tenta atender a todas elas, de boa fé, mas sem comprometer o rigor. Onde as janelas estão bem abertas, para que as mais variadas correntes de ar possam provocar uma bem saudável destruição criadora.
Longe de mim criticar o teu posicionamento, mas enquanto homem que preza a razão, não posso fazer esse elogio da incoerência. Gosto de incoerência, irreverência, desvario, em muita coisa da minha vida que não cabe aqui neste espaço público. Mas debate é sagrado. Ou concordamos em premissas mínimas para o que queremos fazer na esfera pública enquanto seres intelectuais (sem deixar de ser primordialmente pessoas, claro) ou então andamos a falar línguas diferentes. Torres de Babel? Não, obrigado.
Um abraço,
Tiago
PS: Um ponto (talvez) menor: tu usas no final a palavra "incoerência" para te referires a uma suposta "linha editorial" da vossa casa. Isto não é o sentido que tu lhe dás no início do post, em que a incoerência aparece ligada à lógica e não à panóplia e (eventual) consistência de temas. Não sei se isto é propositadamente uma prova de incoerência ou não, mas, coerentemente com a minha forma de estar, não posso deixar de apontar isso.
4 Comments:
Caro Tiago,
Acho que estás a fazer uma leitura do post num contexto que me é alheio. Totalmente alheio. Nem percebo este teu texto sequer. Ou melhor, percebo se entenderes que ele vem no seguimento dos debates que tens feito. E não vem. Não tem nada que ver. Nem um milímetro sequer. Porque, se tivesse, estaria lá bem escrito e definido isso mesmo.
O meu post, se algum objectivo teria, era apenas e só o de desmistificar aquilo que muitos procuram quando lêem blogues: a biblia de um pensamento, a resposta estruturada à realidade do dia. E isso é impossível, porque todos nós temos contradições. E ninguém pode ser a cristalização humana de uma filosofia num blogue. Num ensaio académico, talvez. Num blogue que analisa o dia a dia, não.
Sinceramente meu caro, acho que foste apressado no que leste, interpretaste mal o que escrevi (talvez até o oposto do que quis dizer) e, mais do que isso, pareceste achar que estava a querer dirigir-me a destinatários definidos sem os mencionar. Acontece que não sou assim. Isto não passou de um desabago geral e abstracto. Apenas.
Um abraço,
a.
By AMN, at 2:44 da tarde
Ok, Adolfo. Excesso interpretativo, embora, na sequência até de comentários que fizeste em público e em privado me parecesse "razoável" que eu fosse pelo menos um dos visados (não "ad hominem", apenas visados).
Retiro o post, então? O que achas?
Abraço,
Tiago
By Tiago Mendes, at 3:38 da tarde
Caro Tiago,
Se tivesse que te visar, escrevia lá o teu nome. E os comentários que aqui tenho feito, e em privado, são aliás perfeitamente coerentes :) com os do meu desabafo. Podes ler o que escrevi no metablog sobre o mesmo assunto.
Não acho que tenhas de retirar o post homem. Acho que se leres bem, encontras mais fundamento para as ideias que tens defendido do que o contrário ;)
Um abraço,
a.
By AMN, at 3:44 da tarde
Ok,
Abraço amigo, meu caro,
tiago
By Tiago Mendes, at 4:08 da tarde
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